“Desejo deveras que, para todos os meus escritos, haja não só um leitor piedoso, mas também um crítico imparcial. Contudo estes são os que mais quero e oxalá a magnitude da questão em estudo encontre tantos investigadores quantos são os contestadores. Entretanto, assim como não quero um leitor que tudo aceita, não quero também um crítico convencido de si mesmo. Que o primeiro não estime mais a mim do que a fé católica, e o segundo não ame a si mesmo, mais do que a verdade católica. Como digo ao primeiro: ‘Não te entregues aos meus escritos como se fossem as Escrituras canônicas; crê nestas sem hesitação mesmo quando não chegares a compreender o que acreditas; com respeito a meus escritos digo: não deposites toda a fé quando não tens certeza, a não ser que passes a ter essa certeza’. A meus críticos: ‘Não te ponhas a corrigir meus escritos levado pela tua opinião ou por preconceitos, mas apoiado na leitura das Sagradas Escrituras ou em razões bem fundadas. Se neles encontrares algo de verdade, essa verdade não é minha, mas compreendendo-a e amando-a é tua e minha; e se alguma falsidade encontrares, o erro é meu, mas evitando-o fazes que ele não seja nem teu nem meu’. (Agostinho de Hipona, A Trindade, Livro III, Prólogo, seção 2)
Sobre a Autoridade da Escritura na Confissão de Fé de Westminster:
“O Juiz Supremo, pelo qual todas as controvérsias religiosas têm de ser determinadas e por quem serão examinados todos os decretos de concílios, todas as opiniões dos antigos escritores, todas as doutrinas de homens e opiniões particulares, e em cuja sentença devemos descansar, não pode ser outro, senão o Espírito Santo falando na Escritura (Mt 22:29,31; Ef 2:20 com At 28:25)”. (Confissão de Fé de Westminster, 1:10)