A Sua Responsabilidade na Preparação do Sermão do Seu Pastor

Orar-oraciones-biblia-770x355“Perseverai em oração, velando nela com ação de graças; orando também juntamente por nós, para que Deus nos abra a porta da palavra, a fim de falarmos do mistério de Cristo, pelo qual estou também preso; para que o manifeste, como me convém falar”. (Colossenses 4:3-4)

Uma das coisas mais importantes que um pregador precisa saber sobre si mesmo é que ele é inteiramente incapaz de pregar. Como explicou o apóstolo Paulo: “Não que sejamos capazes, por nós, de pensar alguma coisa, como de nós mesmos; mas a nossa capacidade vem de Deus” (2 Coríntios 3:5). E também: “Mas pela graça de Deus sou o que sou; e a sua graça para comigo não foi vã, antes trabalhei muito mais do que todos eles; todavia não eu, mas a graça de Deus, que está comigo“(1 Coríntios 15:10). E o próprio Senhor Jesus: “Sem mim nada podeis fazer” (João 15:5).

Se somos inteiramente incapazes de pregar, se somos inteiramente dependentes da graça de Deus operando em nós, então precisamos estar bem informados sobre os meios que Deus utiliza para nos capacitar. “…falamos, não com palavras de sabedoria humana, mas com as que o Espírito Santo ensina, comparando as coisas espirituais com as espirituais” (1 Coríntios 2:13). O sermão do pregador não deve ser o produto de sua própria sabedoria humana. O sermão deve ser um produto do exercício do dom do Espírito (1 Coríntios 12:28). Somente quando o sermão é um produto da obra do Espírito é que ele é eficáz para produzir edificação espiritual no ouvinte (Efésios 4:7-14).

Colossenses 4:3-4 ensina que os meios que o Espírito Santo utiliza para operar no pregador e produzir um sermão não envolvem somente o próprio pregador. Segundo o apóstolo Paulo, toda a Igreja tem uma parcela de responsabilidade na preparação do sermão: “…orando também juntamente por nós, para que Deus nos abra a porta da palavra, a fim de falarmos do mistério de Cristo, pelo qual estou também preso; para que o manifeste, como me convém falar”. Se o sermão espiritualmente eficáz é um produto da obra do Espírito, a oração dos irmãos é um dos principais meios que o Espírito utiliza para realizar essa obra.

Uma das razões pelas quais o pregador precisa da oração dos irmãos é que nós não sabemos o que se passa nos corações daqueles que nos ouvem. Não temos meios de saber o que o público precisa ouvir. Aliás, em muitos casos, nem as próprias pessoas sabem o que elas realmente precisam ouvir. Quem realmente sabe do que precisamos é Jesus Cristo, pois ele é “aquele que sonda os rins e os corações” (Apocalipse 2:23). Como está escrito também: “Todo caminho do homem é reto aos seus olhos, mas o SENHOR sonda os corações” (Provérbios 21:2). Por isso, precisamos exercer nosso ministério de ensino na dependência do Espírito de Cristo. Embora não saibamos o que se passa nos corações dos homens, o Senhor sabe. Através de seu Espírito, ele opera nos membros de seu corpo, os pregadores, para que eles falem as coisas que o coração do homem precisa ouvir. Não o que os homens querem ouvir, mas o que eles precisam ouvir.

Se Paulo pediu que os irmãos da igreja de Colosso orassem por seu ministério de ensino, então as orações dos irmãos pelo pregador afetam diretamente o conteúdo do sermão, sendo um dos principais meios que o Espírito utiliza para levar o pregador perceber o que o seu público precisa ouvir naquela circunstância específica. Para que isso fique mais claro, vamos considerar alguns exemplos:

Exemplo 1

Domingo, às 19:30, João vai no culto da Igreja Presbiteriana Reformada em Campo Bom. João está passando por tentações que ninguém conhece. Ele está considerando a possibilidade de Deus não existir e do Cristianismo ser uma farsa. Ou seja, ele está sendo tentado à incredulidade, que é um pecado contra o primeiro mandamento. Então, vamos supor que, às 15:30, incomodado com os pensamentos de incredulidade que ele vem tendo, João ore pedindo que Deus fortaleça a sua fé (Marcos 9:24). É possível que, em resposta à oração que João fez às 15:30, Deus guie o pastor da Igreja Presbiteriana Reformada em Campo Bom para que, em seu sermão, ele fale exatamente as coisas que João precisa ouvir para ajudá-lo a lutar contra a incredulidade. Sem que o pastor soubesse, o fato de João ter buscado o socorro de Deus teve uma influência direta sobre o conteúdo do sermão.

Exemplo 2

Maria passou a semana inteira orando pela conversão de seu marido e de seus filhos. Deus respondeu à oração dela de duas maneiras principais. Primeiro, Deus moveu o coração de seu marido e de seus filhos para que sentissem vontade de visitar a igreja no domingo. Além disso, Deus operou na mente do pregador para que ele preparasse um sermão que seria especialmente apropriado para a conversão do marido e dos filhos de Maria. Novamente, sem que o pastor soubesse, a oração de Maria teve uma influência direta sobre o conteúdo do sermão.

É somente quando entendemos que o sermão deve ser um produto da obra do Espírito Santo que podemos realmente apreciar a importância da oração para a preparação do sermão – não somente a oração do pregador, mas as orações de todos os irmãos.

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