Contradições Frequentes nos Argumentos dos Defensores de Imagens de Deus

Não é possível encontrar na Bíblia passagens em que Deus – o Pai, o Filho e o Espírito Santo – autoriza os homens a fazer imagens dele. Todas as passagens bíblicas que falam de homens fazendo imagens de Deus invariavelmente tratam essas imagens como pecaminosas. Por exemplo, no livro de Juízes, a mãe de um homem chamado Mica dedica “mil e cem moedas” (Juízes 17:3) para que seu filho fizesse duas imagens do SENHOR (v. 3-6). O livro conta que a imagem do SENHOR, fabricada por Mica, se tornou o centro de uma grande apostasia na tribo de Dã (Juízes 18:30-31). Não há exemplos na Bíblia de homens fabricando imagens de Deus que são boas.

Aqueles que defendem que nós podemos fazer essas imagens costumam usar dois argumentos contraditórios. Com frequência, utilizam esses dois argumentos no mesmo discurso, sem perceber que um argumento contradiz o outro:

1. Sob o Velho Testamento, os judeus eram proibidos de fazer imagens de Deus, mas, mediante a encarnação de Cristo, temos autorização para fazer essas imagens porque Cristo, sendo homem, é visível.

2. O segundo mandamento não proibe fazer imagens de Deus. Proibe somente a adoração dessas imagens, mas não proibe fazer imagens que não são para adoração.

Claramente, esses dois argumentos contradizem um ao outro. Se alguém argumenta que, sob o Velho Testamento, os judeus eram proibidos de fazer imagens de Deus, mas que, mediante a encarnação de Cristo, isso mudou, é contraditório argumentar, logo em seguida, que o segundo mandamento em Êxodo 20 não proibe fazer esdss imagens quando não são para adoração. No Velho Testamento os judeus eram proibidos de fazer imagens de Deus ou não? Ora, se Êxodo 20 não proibe fazer imagens de Deus, se proibe somente a adoração dessas imagens, então fazer imagens de Deus já era permitido no tempo do Velho Testamento. Sendo assim, não faz sentido argumentar que foi a encarnação do Verbo que nos autorizou a fazer essas imagens. Se Êxodo 20 não nos proibe fazer imagens de Deus, então a encarnação do Verbo não tem nada a ver com a autorização que temos para fazer essas imagens. O argumento da encarnação contradiz diretamente o argumento de que o que era proibido eram somente imagens para adoração, mas defensores de imagens constantemente defendem as duas posições ao mesmo tempo, no mesmo discurso.

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