Em outra postagem, falamos sobre uma contradição muito frequente nos argumentos dos defensores das imagens Deus. Nesta postagem, queremos falar de outra contradição que também é muito comum. Com frequência, eles defendem os seguintes argumentos no mesmo discurso, sem perceber que um argumento contradiz o outro:
1. Nós somos autorizados a fazer imagens de Cristo porque essas imagens são imagens somente da natureza humana de Cristo, não são imagens de sua divindade.
2. A natureza humana de Cristo é a imagem visível de Deus. Se Deus fez uma imagem de si mesmo (a natureza humana de Cristo), nós também podemos fazer.
Claramente, esses dois argumentos contradizem um ao outro. Se a natureza humana de Cristo é a imagem visível de Deus, então fazer uma imagem de sua natureza humana é fazer uma imagem de Deus, o que contradiz o primeiro argumento. Por outro lado, se somos autorizados a fazer imagens de Cristo porque essas imagens são imagens somente da natureza humana de Cristo, então é necessário negar que a natureza de Cristo seja a imagem visível que Deus fez de si mesmo. Um argumento contradiz o outro, mas defensores de imagens constantemente defendem as duas posições ao mesmo tempo, no mesmo discurso.
É verdade que a natureza humana de Cristo é a imagem visível do Deus invisível:
COLOSSENSES 1
(13) O qual nos tirou da potestade das trevas, e nos transportou para o reino do Filho do seu amor;
(14) Em quem temos a redenção pelo seu sangue, a saber, a remissão dos pecados;
(15) O qual é imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação.
Contudo, isso prova que não devemos fazer imagens de Cristo. Se Cristo é a “imagem do Deus invisível”, isso significa que as imagens de Cristo são condenadas pelo segundo mandamento (Êxodo 20:4-6), que nos proíbe de fazer imagens de Deus (Deuteronômio 4:18). A natureza humana de Cristo é imagem do Deus invisível porque sua natureza humana está pessoalmente unida à natureza divina. Como as estátuas e pinturas não estão pessoalmente unidas à natureza divina, elas são sempre representações indignas e baixas da verdadeira natureza humana de Cristo. Em outras palavras, o que diferencia a verdadeira imagem de Deus (Cristo) das falsas (estátuas e pinturas que nós fazemos) é a união hipostática.