O Quarto Mandamento e a Nova Aliança (Parte 4)

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O objetivo deste estudo é ensinar que o quarto mandamento continua a vigorar em nossos dias e que, sob a Nova Aliança, desde que Cristo ressuscitou dos mortos, o domingo é o novo sábado – o sábado do Novo Testamento e da Nova Criação. O estudo será publicado em dez partes. Esta é a parte 4.

12. A NOVA ALIANÇA

Mediante a morte de Cristo, Deus estabeleceu uma Nova Aliança que substituiu a Aliança Mosaica:

JEREMIAS 31

(31) Eis que dias vêm, diz o Senhor, em que farei uma aliança nova com a casa de Israel e com a casa de Judá.

(32) Não conforme a aliança que fiz com seus pais, no dia em que os tomei pela mão, para os tirar da terra do Egito

A Aliança Mosaica é “a aliança que fiz com seus pais, no dia em que os tomei pela mão, para os tirar do Egito”. Segundo o profeta Jeremias, essa aliança seria substituída por uma aliança nova. A Nova Aliança foi estabelecido mediante a morte de Cristo:

HEBREUS 9

(15) E por isso é Mediador de um novo testamento, para que, intervindo a morte para remissão das transgressões que havia debaixo do primeiro testamento, os chamados recebam a promessa da herança eterna. 

(16) Porque onde há testamento, é necessário que intervenha a morte do testador.

(17) Porque um testamento tem força onde houve morte; ou terá ele algum valor enquanto o testador vive?

Se a Nova Aliança só foi estabelecida mediante a morte de Cristo, isso significa que, durante toda a sua vida, Cristo viveu sob a Aliança Mosaica. A Aliança Mosaica só foi substituída pela Nova Aliança quando Cristo morreu e ressuscitou.

13. AS LEIS CERIMONIAIS

Quando a Nova Aliança foi estabelecida para substituir a Aliança Mosaica, diversas leis, que até então deveriam ser observadas, foram ab-rogadas. Eram leis que deveriam vigorar somente até que a Nova Aliança fosse estabelecida:

HEBREUS 8

(7) Porque, se aquela primeira [aliança] fora irrepreensível, nunca se teria buscado lugar para a segunda.

(8) Porque, repreendendo-os, lhes diz: Eis que virão dias, diz o Senhor, em que com a casa de Israel e com a casa de Judá estabelecerei uma nova aliança,

(9) Não segundo a aliança que fiz com seus pais no dia em que os tomei pela mão, para os tirar da terra do Egito; como não permaneceram naquela minha aliança, eu para eles não atentei, diz o Senhor.

(10) Porque esta é a aliança que depois daqueles dias farei com a casa de Israel, diz o Senhor; porei as minhas leis no seu entendimento, e em seu coração as escreverei; e eu lhes serei por Deus, e eles me serão por povo;

(11) E não ensinará cada um a seu próximo, nem cada um ao seu irmão, dizendo: Conhece o Senhor; Porque todos me conhecerão, Desde o menor deles até ao maior.

(12) Porque serei misericordioso para com suas iniqüidades, e de seus pecados e de suas prevaricações não me lembrarei mais.

(13) Dizendo Nova aliança, envelheceu a primeira. Ora, o que foi tornado velho, e se envelhece, perto está de acabar.

HEBREUS 9

(1) Ora, também a primeira [aliança] tinha ordenanças de culto divino, e um santuário terrestre.

(2) Porque um tabernáculo estava preparado, o primeiro, em que havia o candeeiro, e a mesa, e os pães da proposição; ao que se chama o santuário.

(3) Mas depois do segundo véu estava o tabernáculo que se chama o santo dos santos,

(4) Que tinha o incensário de ouro, e a arca da aliança, coberta de ouro toda em redor; em que estava um vaso de ouro, que continha o maná, e a vara de Arão, que tinha florescido, e as tábuas da aliança;

(5) E sobre a arca os querubins da glória, que faziam sombra no propiciatório; das quais coisas não falaremos agora particularmente.

(6) Ora, estando estas coisas assim preparadas, a todo o tempo entravam os sacerdotes no primeiro tabernáculo, cumprindo os serviços;

(7) Mas, no segundo, só o sumo sacerdote, uma vez no ano, não sem sangue, que oferecia por si mesmo e pelas culpas do povo;

(8) Dando nisto a entender o Espírito Santo que ainda o caminho do santuário não estava descoberto enquanto se conservava em pé o primeiro tabernáculo,

(9) Que é uma alegoria para o tempo presente, em que se oferecem dons e sacrifícios que, quanto à consciência, não podem aperfeiçoar aquele que faz o serviço;

(10) Consistindo somente em comidas, e bebidas, e várias abluções e justificações da carne, impostas até ao tempo da correção.

(11) Mas, vindo Cristo, o sumo sacerdote dos bens futuros, por um maior e mais perfeito tabernáculo, não feito por mãos, isto é, não desta criação,

(12) Nem por sangue de bodes e bezerros, mas por seu próprio sangue, entrou uma vez no santuário, havendo efetuado uma eterna redenção.

(13) Porque, se o sangue dos touros e bodes, e a cinza de uma novilha esparzida sobre os imundos, os santifica, quanto à purificação da carne,

(14) Quanto mais o sangue de Cristo, que pelo Espírito eterno se ofereceu a si mesmo imaculado a Deus, purificará as vossas consciências das obras mortas, para servirdes ao Deus vivo?

(15) E por isso é Mediador de um novo testamento, para que, intervindo a morte para remissão das transgressões que havia debaixo do primeiro testamento, os chamados recebam a promessa da herança eterna.

(16) Porque onde há testamento, é necessário que intervenha a morte do testador.

(17) Porque um testamento tem força onde houve morte; ou terá ele algum valor enquanto o testador vive?

(18) Por isso também o primeiro não foi consagrado sem sangue;

(19) Porque, havendo Moisés anunciado a todo o povo todos os mandamentos segundo a lei, tomou o sangue dos bezerros e dos bodes, com água, lã purpúrea e hissopo, e aspergiu tanto o mesmo livro como todo o povo,

(20) Dizendo: Este é o sangue do testamento que Deus vos tem mandado.

(21) E semelhantemente aspergiu com sangue o tabernáculo e todos os vasos do ministério.

(22) E quase todas as coisas, segundo a lei, se purificam com sangue; e sem derramamento de sangue não há remissão.

(23) De sorte que era bem necessário que as figuras das coisas que estão no céu assim se purificassem; mas as próprias coisas celestiais com sacrifícios melhores do que estes.

(24) Porque Cristo não entrou num santuário feito por mãos, figura do verdadeiro, porém no mesmo céu, para agora comparecer por nós perante a face de Deus;

(25) Nem também para a si mesmo se oferecer muitas vezes, como o sumo sacerdote cada ano entra no santuário com sangue alheio;

(26) De outra maneira, necessário lhe fora padecer muitas vezes desde a fundação do mundo. Mas agora na consumação dos séculos uma vez se manifestou, para aniquilar o pecado pelo sacrifício de si mesmo.

(27) E, como aos homens está ordenado morrerem uma vez, vindo depois disso o juízo,

(28) Assim também Cristo, oferecendo-se uma vez para tirar os pecados de muitos, aparecerá segunda vez, sem pecado, aos que o esperam para salvação.

Aqui Paulo cita a profecia de Jeremias, onde Deus disse que estabeleceria uma Nova Aliança para substituir a Aliança Mosaica. Em seguida, ele descreve aquilo que é uma das principais diferenças entre as duas alianças. Ele diz que a Aliança Mosaica “tinha ordenanças de culto divino, e um santuário terrestre” (Hb 9:1) que deixaram de vigorar quando a Nova Aliança foi estabelecida.

Entre os versos 2-5, ele descreve o santuário terrestre.

Entre os versos 6-10, ele descreve as ordenanças de culto divino.

Nos versos 8-10, ele explica que o santuário terrestre (v. 2-5) e as ordenanças de culto (v. 6-10) divino não foram dados para que fossem perpétuos. Foram dados para que fossem temporários, devendo vigorar somente até o tempo da Nova Aliança.

Entre os versos 11-28, ele descreve a Nova Aliança, que foi estabelecida mediante a morte de Cristo, e tem um novo santuário e um novo culto. As leis relacionadas ao velho santuário terrestre e ao velho culto são comumente chamadas de leis cerimoniais. No verso 9, ele diz que essas leis cerimoniais eram alegorias da pessoa e da obra de Cristo. Em outras palavras, o santuário terrestre e as ordenanças de culto do Velho Testamento tinham como objetivo representar a pessoa e a obra de Jesus. Isso é o que, no capítulo seguinte, ele chama de sombra:

HEBREUS 10

(1) Porque tendo a lei a sombra dos bens futuros, e não a imagem exata das coisas, nunca, pelos mesmos sacrifícios que continuamente se oferecem cada ano, pode aperfeiçoar os que a eles se chegam.

(2) Doutra maneira, teriam deixado de se oferecer, porque, purificados uma vez os ministrantes, nunca mais teriam consciência de pecado.

(3) Nesses sacrifícios, porém, cada ano se faz comemoração dos pecados,

(4) Porque é impossível que o sangue dos touros e dos bodes tire os pecados.

Aqui o texto descreve os sacrifícios do Velho Testamento como ordenanças temporárias que deveriam vigorar somente até a morte de Cristo. No verso 1, é dito que esses sacrifícios eram “sombra dos bens futuros”. Portanto, a sombra da lei eram as ordenanças tipológicas – de caráter simbólico – e de duração temporária, que deveriam vigorar somente até que a Nova Aliança fosse estabelecida.

É importante notar também que ele não diz que a lei era uma sombra, mas que a lei tinha a sombra: “Porque tendo a lei a sombra dos bens futuros…” (Hebreus 10:1). Ou seja, ele diferencia entre as ordenanças típicas e temporárias que faziam parte da lei – como o santuário terrestre, o sacerdócio levítico e os sacrifícios de animais – e as leis morais perpétuas, como “não matarás” (Êx 20:13) e “não adulterarás” (Êx 20:14).

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